
O titular da Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), Uálame Machado, informou que laudo pericial comprova que estrangulamento foi a causa da morte dos quatro detentos que estavam sendo transferidos a Belém, após envolvimento no massacre dentro do presídio de Altamira, no sudoeste do PA.
A Segup, no entanto, ainda não deu detalhes de como ocorreu as mortes e informou que as câmeras de monitoramento não registraram a ação.
As mortes foram entre entre os municípios de Novo Repartimento e Marabá, entre as 19h terça-feira (30) e 1h desta quarta (31). Os corpos estavam no caminhão que fazia a transferência de 30 presos para Belém nesta quarta-feira (31). Com isso, o número de mortos no confronto chega a 62.
Segundo Machado, a viagem ocorreu normalmente até o município de Novo Repartimento, quando o sinal das câmeras de monitoramento do baú do caminhão começou a falhar. Os detentos, de acordo com o secretário, estavam separados em quatro celas dentro do veículo que são monitoradas por câmeras de vídeo.
"É um modelo de caminhão utilizado nacionalmente, organizado para transporte de detentos, que vieram algemados. Em Marabá, foi averiguada a situação de três mortos e um, que ainda tentou-se salvar, mas morreu", disse.
Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Marabá e de Belém foram acionados para verificar as condições do veículo, segundo Machado. O laudo apontou, de acordo com o secretário, que o sistema de ventilação estava funcionando e que "não há dúvida de que as mortes tenham sido causadas pela qualidade do transporte".
Segundo Machado, há suspeitas de que teria ocorrido um desentendimento durante a viagem e um inquérito policial investiga o caso. "Todos eles (os detentos) conviveram por meses, alguns até na mesma cela, todos do mesmo grupo criminoso - a organização que teria coordenado a ação no presídio".
Os mortos foram identificados como:
Dhenison de Souza Ferreira
José Ítalo Meireles Oliveira
Valdenildo Moreira Mendes
Werik de Sousa Lima.
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